sábado, 14 de abril de 2007

O que eu não quero

Não quero uma mulher para me coser as meias.

Há muitos anos que sei tratar de mim. Já passei a fase de estrelar um ovo e mal saber pregar um botão. Não sou alfaiate, mas desenrasco-me com uma agulha e linha. Não sou cozinheiro, mas dou uso aos tachos e panelas. Arrumo as minhas coisas, limpo o que é preciso, trato da minha roupa. Não sou de ficar de pantufas sentado no sofá com uma cerveja na mão a olhar para anúncios na televisão, mas também não quero coser as meias a ninguém, nem vestir o avental e agarrar no espanador. Em casa, o que um faz, o outro também pode fazer. Ajuda! As coisas feitas a dois levam menos tempo, são mais divertidas e deixam mais tempo livre para outras coisas bem melhores, que também podem e devem ser feitas a dois. E, melhor que tudo, livram-nos daquele peso em cima dos ombros de estar continuamente a pensar, «mas porque sou só eu a fazer isto?». É um mau caminho.

É claro que se souberes fazer aquela sobremesa especial toda XPTO e te arriscares a ouvir-me reclamar do meu aumento de peso, está decidido, fazes tu! Mas eu vou estar por perto, talvez para te pincelar o nariz com chocolate derretido, ou claras em castelo, ou simplesmente para te agarrar as mãos no meio da massa. Depois, podemos os dois fazer ginástica, para derreter essas calorias a mais...

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